terça-feira, 28 de outubro de 2008


Mil desculpas

Ao Cubo

Composição: Indisponível

"-Eu, eu só vim tirar uma duvida..."
"-Aí senhora, aguarda no pátio aí!"

Não queria um encontro nessa circunstância,
Preferia um churrasco, futebol com criança
Mas eu que vacilei desculpa ai essa errata,
Do meu jogo sujo, coração de barata
Um bicho que mata com ódio e covardia
Minha cabeça maquinava vazia
Mas tem alguma coisa aqui dentro que me corrói
Assassinei seu super-herói,
Desculpa aí pelo rancor,
Mais um coração posto a prova da dor,
Que horror, entendo
Que não tem volta, é um buraco sem remendo,
Agora não adianta mas de tudo eu me arrependo

(Dona Kelly)
Tudo que eu tinha você me tirou, meu filho, meu sorriso todo amor.

Te chamei aqui
Pra dizer o quanto eu sinto
É embaçado não adianta,
Mas tô arrependido,
Três anos atrás do muro
Guardado no fundo
De uma cela abarrofada,
Cheio de fungo,
Banheiro imundo com cheiro das trevas,
Calor absoluto, tuberculode prolifera,
Nessa luz escura, num clima de tortura
Quis ser mais esperto quase fui pra sepultura,
A monstruosidade que eu sempre apliquei,
Ta dentro da cela comigo é um armazém,
Eu que fiz refém aqui sou aprendiz,
Reflito como foi desonesto o que eu fiz
Não é que isso aqui reabilitou o infeliz,
Mas é porque agora encontrei meu juiz,
Eu de cabeça baixa, sem força, indefeso,
E cançado das mágoas, da dor, do desprezo,
Nada mais me importava o crime os presos
Como se cada lágrima tirasse um peso.

REFRÃO (Dona Kelly)
O passado e a saudade como posso apagar
Impossível esquecer, não é fácil perdoar.
O passado e a saudade como posso apagar
Impossível esquecer, não é fácil perdoar.

Pela sua voz eu entendo o sofrimento,
Deve ser difícil perdoar eu lamento,
JESUS, me perdoou pela perda, pela dor,
Espero que a senhora também um dia me perdoe,
Não sei se a senhora acredita em transformação,
Eu não acreditava e DEUS mudou um ladrão,
Explicar com palavras é embaçado e não
Tem palavra o suficiente pra explica a conversão,
Eu sei que pedir mil desculpas não adianta
Mesmo as mil desculpas sendo verdadeira e franca,
Minha humilhação não devolve a esperança,
O orgulho que te arranquei e que agora sangra
E molha o seu rosto com melancolia
E escorre como choro de amor e agônia,
Quanto vale essa tormenta trágica
Me fale por favor o preço de uma lágrima!

(Dona Kelly)
Lágrimas não tem preço meu rapaz
Só eu sei a falta que ele me faz
Agora está tudo acabado
Jamais a vida volta pra traz,
Meu conselho era simples
Não roube.
Trabalhe e conquiste,
Eu vim até aqui pra saber o porque
Você cometeu esse crime?


Talvez pelo país onde todo mundo deve,
Onde todo mundo rouba, sei lá,
Tem mão leve,
Desde do primeiro cidadão de Portugal,
Se é desde do começo e imagine o final,
O motivo era banal um pouco mais de um real,
Nem sei porque matei, talvez respeito e tal...

(Acabou não quero seu dinheiro,
eu não quero nada seu,
a fita era pra ontem, rapa ,
ai dona seu filho vai subir!)

(REFRÃO)
O passado e a saudade como posso apagar
Impossível esquecer não é fácil perdoar.
O passado e a saudade como posso apagar
Impossível esquecer não é fácil perdoar.

Não era a cara dele, na verdade a de ninguém,
Era pra ele tá na aula e, e eu também,
Ele não tinha malícia, só IBOPE com as "Patricia"
Mas tava me atrasando e pior,
Virou notícia,
Senhora perdoe a minha aberração,
Por ter matado seu filho eu te peço perdão,
Ainda sonho com seu rosto e não esqueço dos seus gritos
(não meu filho, não, não, não meu filho)
Quando atirei no peito do menino...

(Dona Kelly)
Ah! Eu não pude acreditar
Eu corri, corri, eu corri,
Mas não consegui lhe salvar.
Ah! O meu filho deitado sem forças
No meu colo mexendo a boca
Tentando falar...

"Mãe sua voz ta ficando distante
Não solta da minha mão não, em nenhuma instante,
To ficando com medo e essa poça de sangue,
Tá tudo escurecendo e da pra ver de relance,
O pessoal da sala
O que tão fazendo
Nem bateu o sinal, eu não entendo.
Mãe o sangue é meu e tá por todos os lados
Olha pro pneu da ambulância, tá lotado!
Mãe eu to com frio e tá ficando tudo escuro,
Quando isso acabar e vou mudar, eu juro!
Porque fizeram isso comigo, o que aconteceu?
E essa lágrima no seu rosto mãe é um adeus?
Fala pro meu pai que não foi falta de sorte
Só não segui seu conselho talvez ele não suporte.
E pro meu irmão aprender com minha morte
Mãe eu te amo, me aperta bem forte!"

(Dona Kelly)
O passado e a saudade como posso apagar
Impossível esquecer não é fácil perdoar.
O passado e a saudade como posso apagar
Impossível esquecer não é fácil perdoar.

Você arrebentou com a minha vida
Meu filho não volta mais,
Mas com tudo eu não vejo outra alternativa
Eu te PERDOO.


Hip hop

Hip hop é um movimento cultural iniciado no final da década de 1960 nos Estados Unidos como forma de reação aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade urbana. É uma espécie de cultura das ruas, um movimento de reinvidicação de espaço e voz das periferias, traduzido nas letras questionadoras e agressivas, no ritmo forte e intenso e nas imagens grafitadas pelos muros das cidades.

O hip hop como movimento cultural é composto por quatro manifestações artísticas principais: MCing que é a manifestação do mestre de cerimônias, que anima a festa com suas rimas improvisadas,a instrumentação dos DJs, a dança do BREAKING (e não breakdance) e a pintura do grafite.

O termo música hip hop não se confunde com o rap (Rhythm and poetry), pois este tem estrutura divergente da música Hip Hop em vários pontos, apesar de terem pontos em comum.

Existem rappers que não tocam Hip Hop, por exemplo Eminem e Racionais. E também existem músicos de Hip Hop que não fazem RAP.

Exemplo claro disso é percebido quando se assiste à premiação norte-americana de clipes da MTV, o chamado VMA. Neste existem duas categorias distintas: uma pra melhor clipe de Rap e outra para melhor clip de Hip Hop. No Brasil, os mais desinformados costumam adotar os dois termos como sinônimos.

No Brasil, o movimento hip-hop foi adotado, sobretudo, pelos jovens negros e pobres de cidades grandes, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre, como forma de discussão e protesto contra o preconceito racial, a miséria e a exclusão. Como movimento cultural, o hip-hop tem servido como ferramenta de integração social e mesmo de re-socialização de jovens das periferias no sentido de romper com essa realidade.

terça-feira, 21 de outubro de 2008


<História da Funk>

Os músicos negros norte-americanos primeiramente chamavam de funk à música com um ritmo mais suave. Esta forma inicial de música estabeleceu o padrão para músicos posteriores: uma música com um ritmo mais lento, sexy, solto, orientado para frases musicais repetidas (riffs) e principalmente dançante.

Funky era um adjetivo típico da língua inglesa para descrever estas qualidades. Nas jam sessions, os músicos costumavam encorajar outros a “apimentar” mais as músicas, dizendo: Now, put some stank (stink/funk) on it!” (algo como “coloque mais ‘funk’ nisso!”).

Num jazz de Mezz Mezzrow dos anos 30, Funky Butt, a palavra já aparecia. Devido à conotação sexual original, a palavra funk era normalmente considerada indecente. Até o fim dos anos 50 e início dos 60, quando “funk” e “funky” eram cada vez mais usadas no contexto da soul music, as palavras ainda eram consideradas indelicadas e inapropriadas para uso em conversas educadas.

A essência da expressão musical negra norte-americana tem suas raízes nos spirituals, nas canções de trabalho, nos gritos de louvor, no gospel e no blues.

Na música mais contemporânea, o gospel, o blues e suas variantes tendem a fundir-se.

O funk se torna assim uma fusão do soul, do jazz e do R&B.

James Brown, e o funk como gênero musical

Somente com as inovações de James Brown e Sly and the Family Stone em meados dos anos 60 é que o funk passou a ser considerado um gênero distinto. Na tradição do R&B, estas bandas bem ensaiadas criaram um estilo instantaneamente reconhecível, repletos de vocais e côros de acompanhamento cativantes. Brown mudou a ênfase rítmica 2:4 do soul tradicional para uma ênfase 1:3, anteriormente associada com a música dos brancos - porém com uma forte presença da seção de metais. Com isto, a batida 1:3 virou marca registrada do funk 'tradicional'. A gravação de Brown feita em 1965, de seu sucesso "Papa's Got a Brand New Bag" normalmente é considerada como a que lançou o gênero funk, porém a música Outta Sight, lançada um ano antes, foi claramente um modelo rítmico para "Papa's Got a Brand New Bag."

Década de 1970 e atualidade

Nos anos 70, George Clinton, com suas bandas Parliament, e, posteriormente, Funkadelic, desenvolveu um tipo de funk mais pesado, influenciado pelo jazz e Rock psicodélico. As duas bandas tinham músicos em comum, o que as tornou conhecidas como 'Funkadelic-Parliament'. O surgimento do Funkadelic-Parliament deu origem ao chamado P-Funk', que se referia tanto à banda quanto ao subgênero que desenvolveu.

Outros grupos de funk que surgiram nos anos 70 incluem: B.T. Express, Commodores, Earth Wind & Fire, War, Lakeside, Brass Construction, KC & Sunshine Band, Kool & The Gang, Chic, Fatback, The Gap Band, Instant Funk, The Brothers Johnson, Skyy, e músicos/cantores como Jimmy "Bo" Horne, Rick James, Chaka Khan, Tom Browne, Kurtis Blow (um dos precursores do rap), e os popstars Michael Jackson e Prince. Nos anos 80 o funk tradicional perdeu um pouco da popularidade nos EUA, à medida em que as bandas se tornavam mais comerciais e a música mais eletrônica. Seus derivados, o rap e o hip hop, porém, começaram a se espalhar, com bandas como Sugarhill Gang e Soulsonic Force (em parceria com Afrika Bambaataa). A partir do final dos anos 80, com a disseminação dos samplers, partes de antigos sucessos de funk (principalmente dos vocais de James Brown) começaram a ser copiados para outras músicas pelo novo fenômeno das pistas de dança, a house music.

Nesta época surgiu também algumas derivações do funk como o Miami Bass, DEF, e a ramificação latina da Freestyle Music conhecida no brasil como Funk Melody que também faziam grande uso de samplers, Caixas de ritmos e baterias eletrônicas. Tais ritmos se tornaram combustível para os movimentos Break e Hip Hop.

Os anos 80 viram também surgir o chamado funk-metal (também conhecido como funk rock), uma fusão entre guitarras distorcidas de heavy-metal e a batida do funk, em grupos como Red Hot Chili Peppers e Faith No More.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O GRAFFITI


Graffiti (''marca ou inscrição feita em um muro") é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade - normalmente em espaço público.

Costuma-se diferenciar o grafite, de elaboração mais complexa, da simples pixaçoes, normalmente considerada como contravenção. No entanto, muitos grafiteiros respeitáveis, como os Gemeos, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo admitem ter um passado de pichadores.



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